Bienal de Luanda pede diálogo inter-geracional contínuo

A III edição da Bienal de Luanda recomendou, quinta-feira, a promoção regular de diálogo inter-geracionais para garantir uma comunicação contínua entre líderes políticos e jovens.
De acordo com o comunicado final, o Fórum organizado pelo governo de Angola, União Africana e UNESCO, aconselhou a implementação de políticas que assegurem a participação política de jovens em processos decisórios para garantir que as suas propostas sejam ouvidas e integradas nos programas e estratégias.

Pediu a revisão dos sistemas educacionais priorizando a formação de cidadãos críticos e activos, capacitando os jovens e empreendedores para melhor compreenderem os processos políticos e a desempenhar papéis mais significativos na sociedade.

Sugeriu a formulação de políticas que promovam a igualdade do género, massificação e a criação de centros de investigação científica e programas de resiliências para lidar com as alterações climáticas.

Recomendou também a expansão da cultura de paz mediante o acesso e uso eficiente das tecnologias digitais e criação de uma rede africana de mulheres para a prevenção de conflitos, negociação de paz e reconciliação nacional.

A Bienal mostrou-se também a favor da integração de mulheres em matéria de resolução de conflitos, observando a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos e da ONU, assim como o aumento do número destas nas acções de prevenção e resolução de conflitos.

O desenvolvimento de políticas e programas que incentivam iniciativas inovadoras lideradas por jovens, mediante investimento em pesquisa, financiamento e apoio para transformar ideias ousadas em soluções práticas, foi igualmente exigido.

O Fórum, que contou com 790 participantes idos de vários países africanos, defendeu o estabelecimento de parcerias entre líderes políticos e jovens, em projectos sustentáveis sociais e económicos que beneficiem a sociedade como um todo.

Pediu ainda a implementação de políticas que promovam a autonomia económica das mulheres, proporcionando oportunidades de emprego, acesso a recursos financeiros e a sua capacitação em habilidades relevantes.

Reforçou a necessidade contínua de financiamento de projectos e iniciativas que promovem a participação activas das mulheres em todas as esferas da sociedade, garantindo assim uma paz duradoura, segurança e desenvolvimento sustentável para todos.

Reconheceu a importância estratégica em prol do desenvolvimento do mercado de carbono em África, no sentido de promover o crescimento da produção do crédito, tal como referido na declaração de Nairobi, Quénia, sobre as alterações climáticas.

Pede a observação da declaração de princípio de ética em relação às alterações climáticas adoptadas pela UNESCO, como verdadeiro guia para os países africanos.

Recomendou a capacitação dos países sobre os mecanismos de acesso ao mercado de carbono de forma a beneficiarem melhor da iniciativa.

A Bienal reitera os princípios de contribuir para silenciar as armas no continente e reforça o compromisso de promover a cultura da paz, reconciliação e harmonia entre os povos como factores determinantes para o seu desenvolvimento e dos seus povos.

O Fórum decorreu sobre o lema " Educação, cultura de paz e cidadania africana como ferramentas para o desenvolvimento do continente”.

Aberto pelo Presidente da República, a III edição da Bienal de Luanda contou como a participação dos homólogos da Etiópia, Sahle-Work Zewde, Cabo Verde, José Maria Neves, e São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, bem como de antigos chefes de Estados de Moçambique, do Malawi e da Nigéria.

Estiveram ainda governantes nacionais e estrangeiros, membros do poder legislativo e judicial, partidos políticos e do corpo diplomático, da sociedade civil, académicos e das autoridades eclesiásticas tradicionais e jovens de várias nações.

A ministra de Estado para o sector Social, Dalva Ringote, declarou que a realização do fórum vem mostrar que o país advoga as iniciativas de diálogo e que promovam a paz.

Sublinhou que do fórum foram retiradas lições positivas como a necessidade do diálogo permanente com a juventude e a mulher, que, por sua vez, devem ser incluídas nos processos de tomada de decisão e na formulação de políticas públicas.

.A Bienal de Luanda 2023 teve como objectivos, entre outros, aprofundar e a partilha de visões sobre a cultura de paz, segurança, cidadania africana, democracia, edificação de sociedades mais pacíficas, transformando atitudes e abordagens nos domínios político, económico e social para os fortalecimento dos pilares do crescimentos integral do continente.

Visou ainda uma maior articulação com a União Africana na realização de actividades inerentes à paz e à estabilidade, no quadro da agenda do Presidente da República, João Lourenço, enquanto campeão da união para a paz e a reconciliação no continente. (RM /Angop)

Fonte: RM

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