Com a mente nas quartas e o coração a 5.385 quilômetros

Mohamed Salah ficaria encantado se lhe fosse concedida a habilidade mágica de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Nas últimas semanas, estava concentrado com a Seleção do Egito na CAN, mas gostaria de passar por Liverpool para abraçar Jürgen Klopp. Seu grande mentor, que o recebeu quando assinou com Anfield e extraiu o seu melhor desempenho até torná-lo uma lenda ´red´, anunciou que deixará o projeto ao final da temporada.

Paralelamente, o atacante espera que os seus companheiros eliminem a República Democrática do Congo nas oitavas de final. Ele, ainda se recuperando da lesão na coxa, talvez esteja pronto para as hipotéticas quartas, nas quais seria fundamental. A imprensa local, no entanto, alerta para uma possível melhoria da equipe sem ele em campo, talvez devido ao fato de jogarem sem se preocupar em passar a bola para ele o mais rápido possível.

No empate com Cabo Verde, o ´Faraó´ foi visto de braços cruzados na lateral do campo, como se fosse mais um membro da comissão técnica. Será a mesma imagem que evocará na tarde deste domingo, quando saberá se continua na Costa do Marfim à espera de voltar ao campo ou se deve retornar à Inglaterra, um momento difícil que se tornaria doce, em certo sentido, por poder conversar com o estrategista que impulsionou a sua ascensão como uma estrela internacional.

Não há outro treinador com quem Salah tenha passado mais tempo do que Jürgen Klopp. Ele esteve sob o comando de ilustres como José Mourinho no Chelsea ou Luciano Spalletti, atual campeão do ´Scudetto´, embora já tenha deixado o Napoli, na Roma. O alemão abriu as portas do Liverpool para ele no verão de 2017 e, quando a atual temporada terminar, a sua jornada juntos terá sido de sete anos, com quase 400 partidas.

A ascensão do egípcio, que provavelmente terá a sua própria estátua nos arredores do estádio ´red´ quando sair, assim como o seu mestre, não pode ser explicada sem este último. Ele chegou a um projeto em depressão, carente de fé, e pediu um exercício de ilusão para o qual o ´11´ se mostrou fundamental. Ele nunca jogou menos de 48 partidas por temporada e, com picos como o da sua primeira - 44 gols em 51 atuações -, deu motivos mais do que suficientes para ser considerado um dos melhores do planeta.

Os eventos talvez o tenham esquecido, mas as arquibancadas não. Ele estava lá quando os vermelhos conquistaram a Liga dos Campeões, estava lá quando venceram a Premier League, esteve lá em todas as temporadas em que, se não fosse pelo Manchester City, mais troféus teriam chegado facilmente às prateleiras, esteve lá com a queda nos últimos anos e está lá agora que a luta pelo trono volta a ser uma realidade. Qual seria a melhor maneira de se despedir de Klopp do que com mais títulos? Nenhuma, mas primeiro, a Copa Africana.

Fonte: Besoccer

 

Autor
Web Developer

tempo

Nulla sagittis rhoncus nisi, vel gravida ante. Nunc lobortis condimentum elit, quis porta ipsum rhoncus vitae. Curabitur magna leo, porta vel fringilla gravida, consectetur in libero. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum.

Você pode gostar

0 Comentário(s) Comentar

Deixe seu comentário