Comissão Sul-Africana de Direitos Humanos diz não haver ligação  entre a violência pública de 2021 e prisão de Zuma

A Comissão Sul-Africana de Direitos Humanos diz ter  concluido que não há nenhuma ligação  entre a violência pública de Julho de 2021 e a prisão do ex-presidente Jacob Zuma.

Os violentos distúrbios foram há sensivelmente três anos mas, somente esta segunda-feira, a Comissão Sul-Afriacana de Direitos Humanos apresentou o relatório da investigação que fez.

Entre 8 e 19 de Julho de 2021, as províncias de Kwazulu-Natal e Gauteng viveram uma violência pública nunca antes vista, que culminou com a  morte de mais de trezentas e cinquenta pessoas, a destruição de infraestruturas no valor de cinquenta bilhões de rands e o desemprego de dois milhões de pessoas.

A violência pública iniciou um dia depois de Jacob Zuma se entregar ás autoridades policiais, por ter desafiado uma ordem judicial.

Apesar desta coincidência e de relatos anteriores sugerirem uma ligação, a Comissão Sul-Africana de Direitos Humanos concluiu que as provas mostram que os actos ocorridos durante os distúrbios foram orquestrados.

A Comissão diz que analisou o papel dos factores sociais, económicos e políticos nos motins de Julho de 2021. Também avaliou  os alegados ataques e assassinatos com motivação racial, as causas das falhas  na aplicação da lei, tal como o diz o comissário dos direitos humanos,  Philile Ntuli.

As evidências indicam que os actos ocorridos durante os distúrbios foram bem orquestrados, incluindo o bloqueio da N3, a destruição de fábricas e armazéns, o ataque às instalações de comunicação do governo e o bombardeamento e roubo de caixas automáticas. Esses eventos estavam interligados e exigiram recursos significativos. Foram identificados dois tipos de intervenientes durante os distúrbios: os intervenientes primários, que lideraram e executaram a destruição generalizada, e os intervenientes secundários, que participaram no roubo. O momento dos acontecimentos coincidiu com o encarceramento do ex-presidente Jacob Zuma, levando à percepção de que os dois estavam relacionados. Contudo, apesar da coincidência, a comissão não encontrou evidencias para ligar os dois eventos”, disse.

A comissária dos Direitos Humanos na África do Sul,Philile Ntule, acrescentou que os acontecimentos de Julho de 2021 foram um alerta para a realidade da fragilidade da paz e da segurança de que alguns pensam estar a  desfrutar. (RM Pretória)

Fonte: RM

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