Conselho de Segurança pede cessar-fogo imediato no Sudão
- 10 de março, 2024
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que apela à cessação imediata das hostilidades no Sudão durante o período do Ramadão.
A resolução, da autoria do Reino Unido, país titular do dossiê sobre o Sudão, recebeu 14 votos a favor e a abstenção da Rússia, escreve a DW.
“Com a adopção desta resolução, o Conselho de Segurança envia uma mensagem forte e clara às Forças Armadas sudanesas e às Forças de Apoio Rápido para que concordem com uma cessação imediata das hostilidades durante o Ramadão. (…) Instamos ambas as partes a agirem pela paz e a silenciarem as armas”, disse o vice-embaixador britânico James Kariuki, no final da votação.
Além de apelar a todas as partes para a cessação imediata das hostilidades durante o Ramadão, o texto agora aprovado pede também aos beligerantes para que permitam o acesso humanitário completo, rápido, seguro e sem entraves, inclusive através das fronteiras e através das linhas de frente.
De acordo com a DW, embora os membros do Conselho partilhem preocupações sobre os efeitos devastadores do conflito em curso no Sudão, têm opiniões divergentes sobre os instrumentos que o Conselho deve utilizar para resolver a situação.
Durante as negociações, a Rússia, que acabou por se abster na votação, manifestou reservas quanto à necessidade de uma resolução do Conselho e propôs um projecto de declaração presidencial como alternativa.
Na quinta-feira, durante uma reunião do Conselho, o secretário-geral da ONU, António Guterres, já havia lançado um apelo a todas as partes presentes no Sudão para honrarem os valores do Ramadão, cessando as hostilidades durante toda a sua duração.
Os combates, que decorrem desde 15 de Abril de 2023 entre o exército do general Abdel Fattah al-Burhane e as forças paramilitares do general Mohammed Hamdane Daglo, antigo segundo comandante das forças armadas, causaram milhares de mortos.
Cerca de 18 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar aguda.
Fonte: O País
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