CV Interilhas prestes a alcançar 2 milhões de passageiros em Cabo Verde

"Temos um número emblemático à porta: o passageiro dois milhões", referiu.

A cada semana, a empresa faz 63 viagens, transporta 7.500 passageiros, 600 viaturas e 2.300 toneladas de carga entre as ilhas de Cabo Verde, com três embarcações -- uma das quais como barco de substituição, caso seja necessário -- e este ano passou a ter programação regular, fruto da adenda ao contrato de concessão (rubricada com o Estado, em abril), que inclui uma indemnização compensatória de 6,6 milhões de euros, paga trimestralmente.

Fernando Braz de Oliveira classificou a adenda como "um ponto de viragem crítico" na operação, garantindo previsibilidade, ou seja, os horários deixam de mudar a cada semana ou em função da procura, permitindo à população e empresários planearem as suas atividades.

"O Governo está a proporcionar um serviço de qualidade, de coesão territorial" e a ampliar as hipóteses "de desenvolvimento das atividades económicas", permitindo a produtores de uma determinada ilha, garantir datas de fornecimento noutra, disse.

No que respeita à frota atual, Fernando Braz de Oliveira referiu estar a ser analisada com o Governo a entrada no ativo de dois novos barcos -- previstos no Orçamento do Estado de 2024 --, bem como a necessidade de haver embarcações mais adequadas para as ilhas a sul, no lugar dos atuais 'catamarans' ("Kriola" e "Liberdade").

"São muito bons para ser usados em rios, mas não para as condições de mar que há aqui", face às quais se tornam "frágeis e com muitos problemas na utilização", referiu, em relação aos dois barcos fretados pela CV Interilhas à Fast Ferry, empresa estatal.

A operação das duas embarcações "é muito cara", sublinhou.

Fernando Braz de Oliveira lamentou ainda não terem sido ultrapassadas questões regulamentares locais e de "interpretação da lei internacional" para que um outro barco ao serviço da frota ("Chiquinho") possa fazer ligações a São Nicolau, aproveitando o tempo em que está ancorado em São Vicente.

Os barcos "Chiquinho" e "Dona Tututa" estão fretados ao Grupo ETE, acionista português que detém 51% da concessão.

O administrador da CV Interilhas garantiu total cumprimento de normas a bordo das embarcações que opera, mas queixou-se de haver "outros armadores" que não cumprem "os critérios de segurança e navegabilidade".

"É um problema, uma situação de transparência que tem de ser resolvida pelo Instituto Marítimo Portuário (IMP)", assinalou.

Face à importância das ligações marítimas, Fernando Braz de Oliveira considerou natural que haja debates acalorados: o administrador mostra-se aberto à crítica, mas afasta-se de disputas políticas e lamenta que a concessão já tenha sido usada como "arma de arremesso político".

"Tenho lutado [por isso] em todos os fóruns: se tiverem um problema, venham falar connosco, mas não sejam manipulados por guerras políticas: isso não faz parte do nosso ADN, nem dos nossos objetivos que consistem em servir os cabo-verdianos", resumiu.

"Eu não vim para cá para fazer política", disse, reafirmando que há uma missão de servir a população "a 20 anos" e "os únicos problemas" na utilização de navios "devem-se a São Pedro ou Neptuno, ou seja, às condições meteorológicas ou do mar" com as quais têm de lidar os 260 colaboradores da concessionária, 95% dos quais cabo-verdianos.

No que respeita à ligação às estruturas estatais, disse que só pode "ter boas relações com o Governo": "posso discordar de algumas decisões, posso, nos fóruns adequados, apoiar decisões com argumentações e recomendações", mas a operação assenta num bom relacionamento, disse.

A sociedade é constituída por 12 armadores, dos quais o português Grupo ETE detém 51% do capital social (através das suas participadas Transinsular e Transinsular Cabo Verde) cabendo o restante a 11 firmas cabo-verdianas.

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Fonte: Noticias Ao Minuto

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