Demitiu-se Robert Jenrick, o ministro britânico da Imigração

O ministro da Imigração do Reino Unido, Robert Jenrick, demitiu-se, esta quarta-feira. "É com grande tristeza que escrevi ao primeiro-ministro para apresentar a minha demissão como ministro da Imigração", revelou, numa publicação divulgada na rede social X (antigo Twitter), na qual partilhou também a sua carta de demissão.

"Não posso continuar na minha posição quando tenho divergências tão fortes com a direção da política do governo em matéria de imigração", acrescentou.

Note-se que a demissão surge depois de o governo britânico ter publicado uma legislação de emergência destinada a pôr em funcionamento o esquema para deportar para o Ruanda os imigrantes ilegais que estejam a viver no Reino Unido.

A informação da demissão também já tinha sido confirmada pelo ministro do Interior, James Cleverly, após terem sido avançadas várias notícias sobre o tema na imprensa.

It is with great sadness that I have written to the Prime Minister to tender my resignation as Minister for Immigration.

I cannot continue in my position when I have such strong disagreements with the direction of the Government’s policy on immigration. pic.twitter.com/Zg3ezFJr8t

Jenrick era ministro da Imigração desde outubro do ano passado. Segundo a imprensa britânica, Jenrick tem pressionado pública e privadamente o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, a tomar medidas mais drásticas para combater a migração legal e ilegal no país.

De realçar que foi na terça-feira que Reino Unido e Ruanda assinaram um novo tratado em Kigali, com o objetivo de deportar para a nação africana os imigrantes ilegais a viver no Reino Unido, segundo anunciou o governo britânico.

A assinatura deste tratado ocorreu três semanas após a rejeição de um projeto anterior.

O novo acordo foi assinado por James Cleverly e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Ruanda, Vincent Biruta.

O governo britânico está a tentar lutar contra a imigração ilegal deportando os migrantes, depois de o Supremo Tribunal britânico ter rejeitado, em meados de novembro, a proposta anterior, afirmando que esta medida era ilegal.

O novo tratado "responde diretamente às conclusões do Supremo Tribunal e apresenta uma nova solução a longo prazo", afirmou o Ministério do Interior britânico num comunicado de imprensa.

O texto de 43 páginas, que é "vinculativo" ao abrigo do direito internacional, garante que os migrantes deportados para o Ruanda "não correm o risco de ser reenviados para um país onde a sua vida ou liberdade possam ser ameaçadas".

O acordo inclui também a criação de "um tribunal conjunto com juízes ruandeses e britânicos em Kigali para garantir a segurança dos migrantes e que nenhum migrante enviado para o Ruanda seja expulso para o seu país", sublinhou o porta-voz adjunto do Governo ruandês, Alain Mukuralinda, na conferência de imprensa.

Em 15 de novembro, o Supremo Tribunal britânico rejeitou um recurso interposto pelo Governo de Rishi Sunak e decidiu que o Tribunal de Recurso tinha razão ao concluir que o Ruanda não podia ser considerado um país seguro.

Londres deve "abrir os olhos para o historial de violações dos direitos humanos do Ruanda, em particular contra os refugiados e os requerentes de asilo (...) e abandonar de uma vez por todas os seus planos de deportação de requerentes de asilo para o Ruanda", apelou a diretora britânica da organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch, Yasmine Ahmed.

Desde o início do ano, 29.705 pessoas chegaram ao Canal da Mancha em pequenas embarcações, segundo uma contagem da agência noticiosa France-Presse (AFP).

A Grã-Bretanha já pagou ao Ruanda pelo menos 164 milhões de euros ao abrigo do acordo, mas ainda ninguém foi enviado para o país devido às questões legais.

O ministro do Interior defendeu a "transformação milagrosa" do Ruanda e disse ter percebido em algumas críticas "atitudes preguiçosas por se tratar de um país africano".

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Fonte: Noticias Ao Minuto

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