Deputado Francisco Viana pede saída do grupo parlamentar da UNITA por divergências sobre a lei das autarquias

O deputado angolano Francisco Viana decidiu abandonar o Grupo Parlamentar da UNITA, na oposição, e assumir o estatuto de independente por discordar da proposta da lei das autarquias apresentada por aquele partido.

"A proposta da Lei das autarquias apresentada pelo Grupo Parlamentar da UNITA choca, profundamente, com a minha firme convicção de federalista e sobre o modelo de Estado que preconizo há mais de 35 anos", lê-se na carta enviada por Viana à presidente da Assembleia Nacional na qual pede que "caso a lei me permita, em me manter como deputado, de pleno direito e de participar nos trabalhos da Assembleia Nacional”.

Na sua justificação, aquele deputado que integrou a lista da UNITA nas eleições de 2022, no âmbito da Frente Patriótica Unida, que englobou personalidades que não pertenciam àquele partido, afirma "a proposta apresentada pela UNTA propõe um Estado unitário e eu defendo um Estado federal, a da UNITA propõe a possibilidade de criação de áreas metropolitanas e eu proponho a eleição de governadoras provinciais".

Com este posicionamento, Francisco Viana afirma que "estamos em sintonias muito diferentes e não posso aceitar que em nome da UNITA/FPU se apresentem propostas, de tal importância, sem ter sido consultado", refere a carta.

O deputado recorda que a proposta de um Estado federal foi feita por ele em 1989 e "largamente publicitada pela comunicação social da UNITA".

Na carta enviada a Carolina Cerqueira, Viana diz que foi pessoalmente à Jamba no quadro da organização do congresso dos quadros angolanos no exterior, realizado em 1990, e que teve a privilegio de apresentar a proposta ao presidente Jonas Savimbi, na presença de vários dirigentes, tendo a proposta causado um aceso debate.

O parlamentar argumenta ainda que essa dificuldade tem a ver com uma insuficiente coordenação entre as lideranças das Frente Patriótica Unida (FPU), que acredita, deverão ser superadas brevemente, mas que o obrigam a demarcar-me de algumas iniciativas e decisões de fundo, com as quais diz não poder associar-se.

Francisco Viana sublinha, no entanto, ter o "maior respeito, carinho e gratidão" e que continua a integrar a Frente Patriótica Unida.

A UNITA ainda não reagiu e a Voz da América não conseguiu falar com a liderança do grupo parlamentar do maior partido angolano.

Fonte:  Voa Português

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