Exploração e despedimentos durante o período probatório preocupa Sindicato de Hotelaria e Turismo

O sector de Hotelaria, Turismo e Similares enfrenta cenários difícies, havendo denúncias de casos de exploração de mão-de-obra de forma irregular e ilegal. O facto, segundo avança uma nota de imprensa, é que há estabelecimentos que usam, de forma cíclica, o período probatório para explorar os trabalhadores e depois despedi-los sem pagar indeminizações, alegando que não corresponderam às expectativas.

A situação foi manifestada esta quinta-feira, na Cidade de Maputo, durante a abertura da oitava Sessão Ordinária do Conselho do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, Turismo e Similares da cidade e província de Maputo (SINTIHOTS).

Falando na ocasião, o secretário provincial do SINTIHOTS, Goncalves Zitha, a quem coube dirigir abertura do evento, disse que esse tipo de cenário é inadmissível no contexto actual. Por isso, Zitha garantiu que a organização que dirige vai encetar diligências junto às autoridades para acabar com exploração de mão-de-obra neste sector e promover os direitos laborais.

“Está a tornar-se um ciclo vicioso para algumas empresas os despedimentos durante período probatório. O patrão deve perceber que, também, sai a perder em termos profissionais quando forma um trabalhador e depois dispensa-o como estratégia para não pagar salário”, disse Zitha, sem mencionar nomes dos estabelecimentos envolvidos.

No entanto, apesar da situação de exploração de mão-de-obra de forma ilegal, no ramo de Hotelaria, Turismo e Similares nem tudo está mal. De acordo com o secretário provincial do sindicato em causa, Gonçalves Zitha, o sector tem estado a registar melhorias no que toca ao aumento do número de estabelecimentos e da mão-de-obra. Assim, o sector tem registado maior fluxo de negócios desde o fim das restrições da COVID-19 e vários trabalhadores já conseguiram recuperar seus empregos, segundo descreveu Zitha.

“Neste contexto, Zitha faz balanço positivo de 2023 no sector da Hotelaria, Turismo e Similares, alegadamente porque permitiu aumento do número de trabalhadores de 24.557 para 37.993 e de estabelecimentos de 19.110 para 3.060 na cidade e província de Maputo, onde o salário mínimo passou de 6.950,00 MT para 7.715,00 no sector em 2023”, lê-se numa nota de imprensa.

Por sua vez, durante o encontro, o administrador delegado da empresa SMS Catering, Faizal Samugy, participante da oitava sessão ordinária SINTIHOT, defendeu a necessidade de imparcialidade na mediação de casos laborais para evitar favoritismo somente aos trabalhadores. Para Samugy, nem sempre o trabalhador tem razão naquilo que diz, pelo que é preciso averiguações claras.

A oitava sessão ordinária do Conselho do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, Turismo e Similares da cidade e província de Maputo permitiu a realização de eleição para escolha de novos membros de direcção e de órgãos sociais do sindicato.

Fonte: O País

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