“GIRADISCOS”: O resgate da cultura de vinil

O espaço artístico Animateka na cidade de Maputo acolhe no sábado (16) a última edição do ano das sessões de música tocada em vinil. Denominado “Giradiscos”, o programa proporciona ao público uma experiência musical imersiva que estabelece um contacto entre o passado, presente e futuro por via da magia do disco vinil.

Para a última edição do ano foram convidados dj Cortega, o duo Dub Cousins e o colectivo Ntxuva Sound System e Ras Haitrm.
Os dj convidados fazem um papel de curadoria musical, “pois não basta compilar um conjunto de canções e tocar, é preciso oferecer um momento didáctico e nostálgico à audiência”, diz Rui Soeiro, um dos fundadores da iniciativa “Giradiscos”.

O programa contempla uma sessão de escuta e uma feira de vinil.
“Há vários coleccionadores do disco vinil na cidade de Maputo. E essa audiência é muito importante para o nosso projecto, na medida em que não só vivencia as experiências, bem como compra e troca vinis entre si”, refere Soeiro.
A Animateka, para além de acolher os eventos, tornou-se espaço de venda de discos de vinil.

“Fruto de parceria entre The Vinyl Experience e a Animateka, este programa tem conseguido gerar um mercado pequeno, mas autónomo e promissor. Sentimos que estamos a conquistar espaço e reconhecimento dos consumidores do disco vinil”, acrescenta Rui Soeiro.

Para além disso, o “Giradiscos” já esteve presente em festivais consagrados da cidade de Maputo, nomeadamente: AZGO, Poetas D’Alma, Gala Gala e Kinani.
“Essas participações resultam da afirmação deste reconhecimento do movimento, apesar de ter sido criado em 2022”.
Além de venda e troca, o projecto tem uma componente de restauração e reaproveitamento de vinis em estado de avaria.
“Temos conseguido restaurar alguns vinis que tenham condições mínimas para esse efeito, caso contrário transformamo-los em obras de arte”, informa.

De acordo com Rui Soeiro, o movimento não pretende mudar hábitos e contrariar os contextos, mas estimular uma cultura musical que eleve valores nobres sobre o poder e o papel da arte na vida do indivíduo.

“O nosso país tem uma cultura de música inquestionável e o vinil esteve sempre presente na vida dos moçambicanos. Resgatar o vinil e colocá-lo numa plataforma actual é fazer dessa herança uma força para a valorização da música e dos fazedores, sobretudo numa altura em que o advento das tecnologias de informação e comunicação impõe novas urgências e coloca em causa, por exemplo, o valor dos álbuns”.

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