Líder da oposição ugandesa colocado em prisão domiciliária antes de manifestação

O líder da oposição no Uganda, Bobi Wine, disse hoje que foi colocado em "prisão domiciliária" antes de uma manifestação planeada contra o Governo, quando o país se prepara para acolher duas cimeiras internacionais dentro de poucos dias.

Os partidos da oposição, incluindo a Plataforma de Unidade Nacional (NUP), de Wine, estão a planear manifestar-se durante o dia contra o mau estado das estradas naquele país, governado com mão de ferro desde 1986 por Yoweri Museveni.

Na terça-feira, Bobi Wine acusou o executivo do Uganda de prender pessoas que vivem na rua e de destruir milhares de pequenas empresas antes da cimeira do Movimento Não-Alinhado, que começou esta semana e será seguida de uma reunião do grupo G77 + China, que compreende 134 países em desenvolvimento.

Bobi Wine, um antigo cantor, declarou no X (antigo Twitter) que soldados e polícias tinham cercado a sua casa, em Magere, a norte da capital, Kampala, antes de o colocarem em "prisão domiciliária".

"Conserte nossas estradas! Liberte os presos políticos! Liberte o Uganda!", acrescentou.

Bobi Wine, cujo nome verdadeiro é Robert Kyagulanyi, foi o principal concorrente do Presidente nas eleições de 2021 à frente do NUP.

Outro antigo candidato presidencial e opositor do chefe de Estado, Kizza Besigye, do Fórum para a Mudança Democrática, anunciou hoje que também está proibido de sair de casa.

"Barricados em minha casa por causa dos COVARDES! Não vamos voltar atrás, merecemos coisa melhor. Por favor, façam o que puderem, onde quer que estejam, com o que têm, para mostrar o péssimo estado das estradas hoje", apelou no X.

Um porta-voz da polícia confirmou que houve "implantação de segurança" à volta das residências dos dois opositores.

Na terça-feira, o Fórum para a Mudança Democrática afirmou, num comunicado, que as pequenas empresas foram "fechadas à força pelo regime, alegadamente para apresentar uma imagem mais favorável aos visitantes" das cimeiras.

As autoridades também proibiram a maioria dos mototáxis de operar em Kampala durante a cimeira dos países não-alinhados.

O Governo disse à agência de notícias francesa AFP que alertou as pessoas "que alguns de seus negócios eram ilegais e as estruturas não eram planeadas".

Segundo o executivo, cerca de quatro mil visitantes, incluindo mais de 50 chefes de Estado, confirmaram a sua participação nas duas cimeiras, a segunda das quais, termina no dia 23 de Janeiro.

O Movimento dos Não-Alinhados foi fundado em 1961 para dar mais voz aos países envolvidos na luta pelo poder entre os Estados Unidos e a União Soviética. (RM-NM)

Fonte: RM

Autor
Web Developer

tempo

Nulla sagittis rhoncus nisi, vel gravida ante. Nunc lobortis condimentum elit, quis porta ipsum rhoncus vitae. Curabitur magna leo, porta vel fringilla gravida, consectetur in libero. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum.

Você pode gostar

0 Comentário(s) Comentar

Deixe seu comentário