Para resolver as deficiências, uma equipa de peritos especializados das Maurícias colaborou recentemente com as autoridades responsáveis pela aplicação da lei sediadas em Maputo para workshops de formação intensivos.

O programa de transferência de competências dotou técnicos moçambicanos de técnicas e melhores práticas para melhorar a precisão dos dados relativos ao quadro de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo do país.

Os tópicos abrangeram a coordenação eficaz das agências das partes interessadas, a catalogação de tipologias de transações suspeitas e a realização de análises profundas de dados para identificar padrões de fluxo suspeitos.

As autoridades afirmaram que a colaboração prática demonstra esforços conjuntos para fortalecer as capacidades estatísticas nacionais e injetar maior transparência no combate ao crime financeiro.

Ao melhorar a compreensão baseada em dados dos riscos nacionais de branqueamento de capitais, o país pretende direcionar melhor os recursos limitados e reforçar evidências sobre a eficácia da sua abordagem baseada no risco.

Moçambique foi adicionado à lista cinzenta do GAFI em Outubro de 2021, depois de terem sido encontradas “deficiências estratégicas” nos quadros jurídicos, nas operações de aplicação da lei e nos controlos imobiliários. Das 15 ações corretivas iniciais definidas, apenas 2 permanecem pendentes de conclusão.

As autoridades pretendem que o país saia da lista do GAFI em meados de 2023. A demonstração de sistemas sustentáveis, competências e capacidades de dados será essencial através dos processos de avaliação contínuos.

A parceria com as Maurícias destaca ainda o país que aproveita a experiência regional e coopera internacionalmente para alcançar objectivos comuns.

À medida que Moçambique continua a fortalecer a integridade nos bancos, nos investimentos e nas instituições estatais, a recolha e análise abrangente de dados servirá como uma ferramenta estratégica para uma maior transparência.

Fonte: Mais África