Mais de dois terços das mortes declaradas em Gaza são mulheres e crianças

As Nações Unidas afirmaram hoje que 67% dos cerca de 13 mil mortos declarados pelo movimento islamita Hamas desde 07 de Outubro na Faixa de Gaza são mulheres e crianças.

De acordo com o portal da internet ONU News, o Conselho de Segurança reuniu-se na terça-feira para avaliar o impacto da violência em Gaza nos civis, especialmente mulheres e crianças, que representariam 67% dos cerca de 14 mil mortos no enclave.

A responsável pela da ONU Mulheres, Sima Bahous, explicou que estas mulheres e criança mortas em Gaza foram directamente afectadas pela escassez de assistência médica desde o aumento dos combates. Segundo a representante da ONU, sete mulheres são mortas a cada duas horas na região.

Sima Bahous destacou que o número de civis mortos desde 07 de Outubro é o dobro em relação ao que foi registado nos últimos 15 anos.

Destacando o efeito da violência em crianças, a directora executiva do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), Catherine Russel, declarou que pausas humanitárias não são suficientes para que os trabalhadores entreguem toda a ajuda necessária.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas, divulgou hoje que mais de 13 mil pessoas já morreram na guerra com Israel e seis mil outras estão desaparecidas.

O Ministério da Saúde do Hamas parou de actualizar os números em 11 de Novembro, após a falha nas comunicações no norte de Gaza, onde tropas terrestres israelitas lutam contra militantes palestinianos.

A contagem mais recente baseia-se em números actualizados pelos hospitais do sul da Faixa e nos números de 11 de Novembro nos centros hospitalares do norte. O número real de mortos deverá ser provavelmente maior.

Para Russel, um cessar-fogo imediato é urgente para dar fim ao "massacre" em Gaza. Segundo a responsável do UNICEF, relatos indicam que mais de 5,3 mil crianças palestinianas foram mortas em 46 dias, ou mais de 115 por dia. Catherine Russel adicionou que isso representa 46% das mortes em Gaza, uma taxa sem precedentes.

A responsável pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), destacou a realidade delicada para as gestantes em Gaza. Natalia Kanem expressou preocupação com as mais de sete mil mulheres que deram à luz nos últimos 47 dias. Com os ataques, muitas destas mulheres não tiveram acesso a apoio médico adequado.

Sobre a Cisjordânia, a ONU Mulheres alertou que a escalada de violência - com demolições de infra-estrutura pública, revogação de permissões de trabalho, aumento da agressão dos colonos, detenções -, a vida e os meios de subsistência das mulheres foram afectados.

O UNICEF avaliou as que nas últimas seis semanas, 56 crianças palestinianas foram mortas na Cisjordânia e muitas foram deslocadas. A agência da ONU estima que 450 mil crianças precisam de assistência humanitária na região.

Segundo o UNFPA, a violência dos colonos judeus está a aumentar e famílias foram deslocadas. Há mais de 70 mil gestantes e são esperados oito mil partos no próximo mês. (RM-NM)

Fonte: RM

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