Moçambique anuncia abertura de 4 poços de exploração de hidrocarbonetos

Segundo uma fonte citada pelo jornal Noticias, esta será a segunda vez em quase um ano que se realizam perfurações em Angoche, lembrando que no ano passado a petrolífera italiana Eni fez um furo que teve resultados negativos, mas que foi posteriormente concluído deverá ser avaliado novamente.
“Quanto à área operada pela Eni, estão em curso estudos complementares por parte do operador, que já manifestou interesse em prolongar o tempo das atividades para completar o programa de trabalho, para que nos próximos meses haja dados conclusivos sobre o potencial dessa área”, explicou.
No que diz respeito ao bloco do Búzi, foram perfurados dois furos nos últimos anos e o operador continua a avaliar a descoberta de gás natural naquela área, lembrando que continuam estudos adicionais para compreender a viabilidade comercial do recurso descoberto.
“Assim, após a declaração de comercialidade, a empresa deverá submeter ao governo um plano de desenvolvimento do projecto de forma a viabilizar a comercialização do gás”, indicou o INP.
Na área PT5-C, a Sasol fez uma descoberta de gás natural nos últimos anos num poço de exploração denominado Bonito-1, localizado na zona sul do distrito de Inhassoro, e a empresa garantiu que irá continuar com o “trabalho de avaliação depósito para determinar seu tamanho”.
Moçambique tem três projectos de desenvolvimento aprovados para explorar as reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas como entre as maiores do mundo, todos localizados ao largo da costa da província de Cabo Delgado.
Dois destes projetos são de maior dimensão e envolvem a canalização do gás do fundo do mar para a terra, o seu arrefecimento numa central e a sua posterior exportação por via marítima em estado líquido.
Um deles é liderado pela TotalEnergies (consórcio Área 1) e os trabalhos progrediram até serem suspensos por tempo indeterminado após o ataque armado a Palma em Março de 2021, quando a empresa energética francesa declarou que só retomaria os trabalhos quando a área estivesse segura. O outro é o investimento ainda não anunciado liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio Área 4).
Um terceiro projeto concluído, de menor dimensão, também pertence ao consórcio Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação, diretamente no mar, que teve início em novembro de 2022.
Fonte: Mais África
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