Moçambique aprova 139 milhões de euros em financiamento saudita

Em causa estão três acordos, cada um para um crédito equivalente a 50 milhões de dólares (46,5 milhões de euros) e assinados no dia 9 de Novembro em Riade, capital da Arábia Saudita, que foram aprovados em Janeiro pelo Conselho de Ministros de Moçambique, segundo resoluções a que a Lusa teve hoje acesso.

O primeiro destes acordos destina-se a financiar o projecto de reabilitação e alargamento de dois troços da Estrada Nacional 1 (N1) e o segundo ao projecto de construção e equipamento de cinco hospitais, no âmbito da iniciativa presidencial “Um Distrito, Um Hospital”, nomeadamente em Chimbonila (província de Niassa), Ribáuè (Nampula), Mulumbo (Zambézia), Vanduzi (Manica) e Limpopo (Gaza).

O terceiro acordo ratificado pelo governo moçambicano permitirá ao FSD financiar o projecto de construção da barragem de Muera, no Planalto de Mueda, na província de Cabo Delgado, norte do país.

No dia 10 de novembro, em Riade, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apelou a uma cooperação mais estreita com a Arábia Saudita através de uma “parceria estratégica”, reconhecendo aquele país como um dos poucos onde “os recursos naturais não são uma maldição”.

“A parceria entre o reino saudita e África centra-se, entre outras coisas, em iniciativas para pacificar o mundo. E neste sentido afirmamos que a paz é a pedra angular dos nossos esforços para construir um futuro melhor para os nossos povos, mas uma paz alcançada através do diálogo”, afirmou o chefe de Estado, após discursar na Cimeira Arábia Saudita-África, em Riade.

“Defendemos que o fortalecimento das relações de cooperação com este reino é vital, porque estamos num contexto em que os governos africanos procuram diversificar as suas economias através de parcerias estratégicas”, acrescentou.

Para Nyusi, o continente, e “particularmente” Moçambique, têm “vantagens comparativas em áreas como os recursos naturais, as energias renováveis, a agricultura e a economia azul” para este fortalecimento das relações com o país árabe.

“De facto, deixámos claro que a 'Iniciativa de Desenvolvimento de África 2023-2033', lançada hoje, lançará as bases para o fortalecimento da cooperação com vantagens mútuas para o desenvolvimento socioeconómico dos nossos países”, disse ele.

“A Arábia Saudita é um dos poucos países em que os recursos naturais não são uma maldição, mas sim a força motriz do desenvolvimento e do bem-estar do seu povo, e África poderia muito bem aprender com esta realidade”, concluiu o então Presidente moçambicano. .

Fonte: Mais África

 

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