Moçambique passa a controlar em Janeiro quantidades, preços e tipos de minérios

A multinacional francesa SGS inicia em Janeiro o processo de controlo das quantidades, preços e especificações dos minérios extraídos e exportados de Moçambique.

"O Governo estava a perder muito dinheiro porque, antes desta decisão, as empresas é que declaravam a especificações e os preços que os mineiros estão a ser vendidos no mercado internacional. Por exemplo, as areias pesadas têm várias especificações e, dentro das composições, era a de menor custo que eles declaravam nas exportações", explicou João Macaringue, coordenador-adjunto do Gabinete de Reformas Económicas no Ministério de Economia e Finanças.

A contratação da SGS resultou de um concurso público aberto pelo executivo moçambicano, no âmbito do pacote de medidas de aceleração económica adoptadas em agosto de 2022 para promover a estabilidade económica e estimular o desenvolvimento de sectores produtivos.

"Se um mineral custava 50 dólares aqui, lá fora podia custar 250 ou 300 dólares. Isso era uma prática rotineira e fazia com que o país perdesse muito dinheiro", acrescentou João Macaringue.

A SGS tem um contrato de três anos com as autoridades moçambicanas e o arranque das operações está previsto para finais de Janeiro, aguardando-se pelo visto do Tribunal Administrativo.

"A empresa vai fazer aquilo que chamamos de classificação dos minerais e fazer a sua definição de especificidade, tomando em conta os preços de referência internacionais", apontou.

Com a medida, prosseguiu o coordenador-adjunto do Gabinete de Reformas Económicas no Ministério de Economia e Finanças, as mais de seis empresas de exploração de grafite, areias pesadas e carvão em grandes volumes vão ser alvo de inspecções.

"A grande certeza que o Governo tem é que o país vai fazer a recuperação de grande parte do dinheiro que o país está a perder", concluiu.

Além desta medida, no sector de exploração dos recursos minerais, entre as 20 medidas de aceleração económica adoptadas pelo executivo moçambicano, passa a ser obrigatório que 10% das receitas fiquem no local da exploração do recurso mineral.

"Estas medidas já estava em vigor, mas a percentagem definida era de 2,75% somente para o distrito onde o recurso mineral saiu. Neste momento, ampliou-se para 10%, dos quais 2,75% para o local onde o minério é extraído e 7,25% para a província no seu todo", concluiu João Macaringue. (RM)

Fonte: RM

Autor
Web Developer

tempo

Nulla sagittis rhoncus nisi, vel gravida ante. Nunc lobortis condimentum elit, quis porta ipsum rhoncus vitae. Curabitur magna leo, porta vel fringilla gravida, consectetur in libero. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum.

Você pode gostar

0 Comentário(s) Comentar

Deixe seu comentário