ONG registou 16 violações à liberdade de expressão na Venezuela num mês

Os dados foram divulgados hoje pela "Espacio Público" (EP) uma ONG venezuelana que promove de defende os Direitos Humanos, em particular a liberdade de expressão, com o propósito de fortalecer a democracia e garantir liberdade, justiça social e dignidade para a população.

"Os responsáveis por estas violações do direito fundamental de procurar, receber e transmitir informações foram os funcionários públicos (30% dos casos), os organismos de segurança (23%) e as instituições do Estado (23%)", explica a EP em um comunicado.

Segundo o documento, a intimidação (5 casos) e a censura (4) foram o tipo de violações mais frequentes, tendo ainda sido registadas ameaças, assédio verbal e restrições administrativas, em pelo menos oportunidades cada.

A EP precisa que em 2 de novembro, oficiais de segurança e a direção do Hospital Dr. Manuel Núñez Tovar, no Estado de Monágas [leste do país], impediram, por ordens superiores, os jornalistas Lisbeth Martínez, Jefferson Civira, e José Ignacio Piñango, de fazer a cobertura de um protesto nesse lugar.

Os jornalistas tinham sido convocados por pacientes do hospital a fazer a cobertura do protesto que tinha como propósito exigir melhores condições no bloco operatório.

No estado de Trujillo, o Governador pró-regime Gerardo Márquez assediou e ameaçou verbalmente o jornalista e diretor de "Palpitar Trujillano", Andrés Briceño Sulbarán, por ter publicado uma reportagem sobre o colapso de uma estrutura natalícia numa avenida da cidade de Valera.

"A partir de agora, tens uma guerra declarada comigo (...) agora vão saber quem eu sou", ouve-se no áudio de um telefonema, gravado pelo jornalista em 6 de novembro.

O jornalista, segundo a EP, tem sido atacado pelo governador através das rádios locais, e acusado de ser "um panfleto".

No estado de Cojedes, a Comissão Nacional de Telecomunicações, ordenou encerrar a rádio Class 98.7 FM alegadamente por ordem de funcionários governamentais, sob o argumento de "extinção da concessão de radiodifusão".

Por outro lado, a "Espacio Público", diz ter registado que o acesso à página web do jornal El Carabobeño, foi bloqueado por várias operações privadas e públicas de Internet, inclusive de telefonia móvel.

O bloqueio, segundo o "Observatório de Internet VE sem Filtro" é feito a nível de Servidores de Nome de Domínio (DNS) e através do protocolo HTTPS.

Ainda em novembro o jornal Oriente 24, foi alvo de um ataque informático "alegadamente em retaliação por publicações incómodas do governo local de Cumaná", explica a EP.

Durante o ataque o material do web site e as cópias de segurança foram eliminadas.

A EP registou ainda um ataque que "saturou" o acesso ao portal Gran Aldea, impedindo que fosse acedido temporariamente.

A EP registou ainda que na noite de 22 de novembro funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, serviços de informações) detiveram arbitrariamente o ativista e dirigente do partido opositor "Encuentro Ciudadano", Nelson Piñero, e o tiraram à força da sua casa, "por expressar-se contra o Governo" na rede social X (antigo Twitter).

A ONG registou ainda, em 20 de novembro, uma queda da conetividade a Internet, de mais de nove horas de duração, em Barinas e Trujillo, e noutros estados da região andina venezuelana.

No dia seguinte as falhas de internet afetaram também outros estados entre eles o de Portuguesa.

Leia Também: Maduro visitará a Rússia até ao final do ano

Transferência de crédito: Insatisfeito com o seu crédito? Quem está mal, muda-se: transfira-o para outro banco

Multicultural, segura e cosmopolita: assim é Toronto. Reserve já!

Os jogos (e as apostas) que prometem aquecer a semana e o fim de semana

Fonte: Noticias Ao Minuto

Autor
Web Developer

tempo

Nulla sagittis rhoncus nisi, vel gravida ante. Nunc lobortis condimentum elit, quis porta ipsum rhoncus vitae. Curabitur magna leo, porta vel fringilla gravida, consectetur in libero. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum.

Você pode gostar

0 Comentário(s) Comentar

Deixe seu comentário