Planeta à beira do abismo – alerta António Guterres

Um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado nesta terça-feira (19) revela que o ano passado quebrou todos os recordes de alerta climático, desde níveis de gases com efeito de estufa, temperaturas da superfície, calor e acidificação dos oceanos, de entre outros, o que mostra que o caminho do planeta está cada vez mais próximo do abismo.

“Os alarmes estão soando em todos os principais indicadores… Alguns registos não estão apenas no topo, estão a quebrar todas as barreiras e as mudanças estão a acelerar” disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, comentando em torno do recente relatório.

De acordo com os dados, as ondas de calor, inundações, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais que se intensificaram rapidamente causaram miséria e caos, alterando a vida quotidiana de milhões de pessoas e infligindo muitos milhares de milhões de dólares em perdas económicas.

O relatório sobre o Estado do Clima Global 2023 confirmou que 2023 foi o ano mais quente já registado, com a temperatura média global próxima da superfície a 1,45 °C acima da linha de base pré-industrial.

“Nunca estivemos tão perto – embora de forma temporária neste momento – do limite inferior de 1,5°C do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas” disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, salientando que o mundo atingiu o nível de alerta vermelho.

“As alterações climáticas envolvem muito mais do que temperaturas. O que testemunhámos em 2023, especialmente com o calor sem precedentes dos oceanos, o recuo dos glaciares e a perda de gelo marinho na Antártida, é motivo de particular preocupação”, disse.

Segundo o relatório, “num dia normal em 2023, quase um terço dos oceanos globais foi assolado por uma onda de calor marinho, prejudicando ecossistemas vitais e sistemas alimentares. No final de 2023, mais de 90% do oceano tinha sofrido ondas de calor em algum momento do ano”.

“A crise climática é o desafio definidor que a humanidade enfrenta e está intimamente ligada à crise da desigualdade – como testemunhado pela crescente insegurança alimentar e pelo deslocamento populacional, e pela perda de biodiversidade”, sintetizou Celeste Saulo. (RM/NMinuto)

Fonte: RM

Autor
Web Developer

tempo

Nulla sagittis rhoncus nisi, vel gravida ante. Nunc lobortis condimentum elit, quis porta ipsum rhoncus vitae. Curabitur magna leo, porta vel fringilla gravida, consectetur in libero. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum.

Você pode gostar

0 Comentário(s) Comentar

Deixe seu comentário