Em janeiro de 2023, a TotalEnergies anunciou planos para reiniciar o seu projeto da Área 1 em 2024, o que representa um investimento pós-FID de 20 mil milhões de dólares e apresenta uma capacidade planeada de 13,1 milhões de toneladas por ano (mtpa). Entretanto, a ExxonMobil prevê entrar na fase FEED do seu desenvolvimento de GNL de 18 mtpa ainda este ano, abrindo caminho para o FID até 2025.

Tendo exportado a primeira carga de GNL para a Europa em 2022 através da instalação flutuante de GNL Coral Sul da Eni, Moçambique é um mercado de gás comprovado e rentável, com acordos comerciais existentes e capacidade adicional no horizonte. Um destaque dedicado ao país no Invest in African Energy (IAE) 2024 – um fórum de dois dias que terá lugar em Paris em Maio – irá explorar as perspectivas do gás de Moçambique e como os investidores podem entrar e expandir-se no mercado. Com mais de 100 biliões de pés cúbicos de reservas comprovadas – as terceiras maiores de África – Moçambique está repleto de oportunidades para exploradores, promotores de projectos e fornecedores de tecnologia em projectos de exploração, produção, transporte, armazenamento e utilização de gás.

IAE 2024 é um fórum exclusivo concebido para facilitar o investimento entre os mercados energéticos africanos e os investidores globais. Realizado de 14 a 15 de maio de 2024 em Paris, o evento oferece aos delegados dois dias de envolvimento intensivo com especialistas do setor, desenvolvedores de projetos, investidores e formuladores de políticas. Para mais informações, visite www.invest-africa-energy.com. Para patrocinar ou participar como delegado, entre em contato com sales@energycapitalpower.com.

As reservas de gás de Moçambique atraíram o interesse de investidores africanos e globais em toda a cadeia de valor energético, além das IOCs. Em Dezembro passado, a empresa energética nigeriana Aiteo garantiu uma participação operacional no bloco de gás Mazenga, estimado em 19 biliões de pés cúbicos de reservas. Aiteo lançou um extenso programa de exploração e desenvolvimento envolvendo estudos geológicos aeromagnéticos e gravitacionais, inspeções de campo abrangentes e reinterpretação e processamento de dados existentes. Entretanto, a Mitsui OSK Lines do Japão e a Karpowership da Turquia estão a liderar o desenvolvimento do projecto Nacala LNG-to-Powership, representando a primeira solução de GNL para energia e unidade flutuante de regaseificação de armazenamento na África Oriental e Austral.

Num esforço para facilitar a cooperação transfronteiriça no gás, o Instituto Nacional de Petróleo de Moçambique assinou um acordo de unitização do gás com a Autoridade Reguladora de Petróleo Upstream da Tanzânia em Novembro passado para co-desenvolver um reservatório partilhado de gás natural. Com uma potencial sobreposição de recursos dos Blocos 4/1B e 4/1C da Tanzânia e dos Blocos 5/A e 5/B de Moçambique na zona do Cinturão Norte, o acordo prevê disposições para a exploração de gás, bem como para o intercâmbio de conhecimentos e tecnologia. Com o acordo, a Tanzânia utilizará a infra-estrutura e a experiência do gás de Moçambique para fornecer gás tanzaniano aos países vizinhos, como o Quénia, o Uganda, a Zâmbia e o Malawi, impulsionando a segurança energética regional em toda a África Oriental e Austral.

Fonte: Mais África