Psicólogos aconselham que casais se abram mais a terceiras instâncias

Os Psicólogos Mário Ngulele e Constantino Tivane sugerem que o diálogo nas famílias seja mais aberto a terceiras instâncias sociais, em casos em que as conversações entre os cônjuges já não conseguem alcançar consensos. Os profissionais reagiram ao caso, reportado esta segunda-feira pelo “O País”, de um homem que matou a esposa e o filho em Manica.

Um homem teria usado lâminas para tirar a vida da sua esposa e depois do seu filho, no distrito de Gondola, província de Manica, motivado por ciúmes, alegadamente porque a sua mulher o traía, de forma recorrente, com o seu próprio irmão.

Um caso chocante. Os casos de assassinatos entre casais em Moçambique tendem a se tornar cada vez mais comuns, dizem os experientes psicólogos Psicólogos Mário Ngulele e Constantino Tivane. 

Mário Ngulele entende, por isso, que a sociedade está doente e explica os motivos que geralmente contribuem para que haja crimes passionais.

“Os traços de personalidade, o consumo de álcool, o histórico familiar, as vivências, no seu dia-a-dia ( do agressor). É recorrente e é comum (este tipo de casos)”, explicou e seguiu “para dizer que a sociedade está doente é preciso valorizar os psicólogos, a família…”.

Para Constantino Tivane, também psicólogo, a cura para a sociedade doente, da qual Ngulele fala, está no diálogo, que deve ser cada vez mais aberto a outras instâncias sociais.

“O mais importante é quando estivermos diante de um problema, não nos fecharmos. Mas isto tem implicações, porque chega um momento em que a capacidade de gestão do problema, extravasa as competências do ponto de vista psicológico, emocional… ”, detalhou.

Abílio Mandlate, sociólogo, diz que tudo está relacionado com a educação social Moçambicana, baseado em hábitos patriarcais, na qual “quando ocorre o matrimônio, ocorre, também, o sentido de propriedade dos homens sobre as mulheres, o que pressupõem exercer dominação sobre a maioria dos aspectos da vida das mulheres e quando ocorrem situações que os homen considerem que ferem sua honra e reputação, acabam se resvalando nessas situações de violência”, esclareceu.

De acordo com  a lei, em casos de homicídio, como o que está em alusão, em que o agressor é o responsável por cuidar das vítimas, a pena é agravada. Assim, “a pena há-de variar entre 20 e 24 anos de prisão ”, afirmou o  jurista Francisco Massambo.

O homem acusado de matar a esposa e a filha foi detido, confessou os crimes e alega que a mulher era amante de seu próprio irmão.

Fonte: O País

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