Quase metade da população de Angola vive na pobreza

O Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) avisa que Angola terá pelo menos 17 milhões de pessoas na pobreza no próximo ano.

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De acordo com aquela institutição da Universidade Catolica de Angola, a taxa de pobreza tem vindo a crescer todos os anos, passando de mais de 12 milhões de pessoas (41,7%) em 2019 para mais de 16 milhões (49,4%), em 2022.

Estima-se que esse número aumente para 49,8% no próximo ano, ou seja para cerca de 17 milhões de pessoas.

O aviso do CEIC já mereceu a reação de membros da sociedade civil angolana, mas autoridades ainda não se pronunciaram sobre as estimativas apresentadas.

Para Fernando Sakwayela, coordenador do projecto Mãos Cidadãos, o aconteceu nos últimos anos é uma transferência silenciosa da pobreza das zonas rurais para as zonas urbanas.

“E sendo que as principais instituições concentram-se nos centros urbanos estão a admirar-se com a realidade”, afirma

Sakwayela diz que não existem criação de condições para impedir o crescimento da pobreza, por isso, aconselha o Executivo a promover políticas que combatem a pobreza.

“Era importante que o Governo encontre junto dos seus parceiros politicas (medidas) capazes de promover o êxodo urbano, capaz de tirar as pessoas das cidades para o interior, e segundo a transferência de valores sociais, imputes sociais capazes de fixar e radicar as pessoas no interior do país”, defende.

Rafael Morais, coordenador da SOS Habitat, uma organização que trabalha com pessoas vítimas de demolições e desalojamentos, disse que a pobreza em Angola deve-se a vários fatores, nomeadamente “a década de conflito armado, a má gestão dos recursos naturais, corrupção, desigualdade de renda, falta de investimento, a educação e saúde e a dependência excessiva do petróleo como principal fonte de receita”.

Morais apela a um maior investimento na educação, redução na corrupção e criação de infraestruturas industriais.

“Uma das soluções é investimento na educação, estimular o empreendedorismo, redução da corrupção e a agricultara familiar”, alerta.

Para Nelson Franscisco, ativista social, “as razões para o aumento da pobreza em Angola são, em primeiro lugar o desemprego que não para de crescer no seio da população, em particular da juventude, a falta de políticas públicas reais de apoio ao autoemprego e empreendedorismo, a falta de apoio ou financiamento às micro e pequenas empresas, a fraca diversificação económica e o aumento da inflação face ao salário mínimo nacional”.

Francisco conclui que "os programas existentes hoje, não são capazes de atender a essa grande preocupação nacional de médio, curto e longo prazo, pós não passam de meras iniciativas política ou partidária com finalidade imediatista”.

Fonte:  Voa Português

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