Taxa de emprego de Moçambique atingiu 71,4% em 2022

Num relatório sobre a avaliação final da estratégia nacional de inclusão financeira 2016-2022, o Banco de Moçambique levanta desafios significativos e revela disparidades importantes entre áreas urbanas e rurais, bem como entre géneros.

De acordo com os dados apresentados, a taxa de emprego entre os homens foi ligeiramente superior, de 73,2 por cento, enquanto entre as mulheres foi registada uma taxa de 69,8 por cento. Esta discrepância levanta questões importantes sobre a igualdade de género no mercado de trabalho e destaca a necessidade de políticas que promovam a igualdade de oportunidades para todos.

Além disso, a disparidade entre as áreas urbanas e rurais é notável. Embora cerca de 81,5 por cento dos adultos nas zonas urbanas tenham emprego, apenas 54,4 por cento dos adultos nas zonas rurais estão empregados. E o regulador do sistema financeiro do país afirma que esta diferença evidencia os desafios enfrentados pelas comunidades rurais em termos de acesso ao emprego e desenvolvimento económico.

Um aspecto notável é que aproximadamente 75 por cento da população empregada está envolvida nos sectores da agricultura, silvicultura e pesca. Nas zonas rurais, esta proporção é ainda maior, representando 89,2% da população empregada, enquanto nas zonas urbanas, além destes sectores, o comércio e as finanças também desempenham um papel significativo, absorvendo 37,9% da força de trabalho.

Olhando para o futuro, as perspectivas económicas de Moçambique são promissoras, de acordo com o BM, com previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicando que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) poderá atingir 15 por cento até 2028. A recuperação contínua dos serviços, agricultura e espera-se que a produção de recursos naturais, como carvão e areias pesadas, bem como a expansão da produção de gás natural liquefeito, impulsionem este crescimento.

No entanto, é crucial enfrentar os desafios que podem comprometer este crescimento, tais como os choques climáticos, as preocupações de segurança, as flutuações nos preços dos produtos de exportação e as pressões inflacionistas derivadas do aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis.

“É essencial ter em conta riscos como os choques climáticos, as preocupações de segurança, a queda dos preços das matérias-primas de exportação e as pressões inflacionistas decorrentes do aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, que podem comprometer o crescimento do PIB no médio prazo”, afirma o Banco Central.

Segundo o BM, o governo moçambicano tem desempenhado um papel activo na promoção da inclusão financeira no sector financeiro. Estratégias como a Estratégia para a Bancarização da Economia e a Estratégia de Financiamento Rural visam expandir o acesso aos serviços financeiros nas zonas urbanas e rurais, incentivando o desenvolvimento económico inclusivo.

“A jornada de inclusão financeira em Moçambique tem feito progressos crescentes à medida que o governo, os reguladores e as instituições do sector público e privado implementaram diversas políticas e iniciativas que garantem serviços financeiros acessíveis a todos os segmentos da sociedade, promovendo a estabilidade económica e o crescimento inclusivo”, afirma o WB.

Além disso, segundo o Banco Central, a aprovação da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira 2016-2022 destaca o compromisso do governo em criar um sistema financeiro acessível e abrangente, capaz de apoiar o crescimento económico e melhorar o bem-estar da população. Esta estratégia baseia-se em três pilares e nove objectivos estratégicos, delineando um plano abrangente para promover a inclusão financeira em todo o país.

“Foram constituídos três grupos de trabalho (GTs) para implementar as ações definidas em cada pilar. Contudo, a avaliação intercalar concluiu que os GT tinham mandatos muito amplos e não tinham sido tão direcionados e eficazes como desejado. Foi recomendado que fossem criados sete TMS para a realização de atividades específicas e focadas. Estes SGT estiveram operacionais durante a segunda metade do período de implementação da estratégia”, explica o Banco de Moçambique.

Para avaliar a eficácia destas estratégias, foram utilizadas metodologias abrangentes que incluíram consultas às partes interessadas, análise de documentos e indicadores, bem como investigação. Estas avaliações ajudaram a identificar os sucessos alcançados, bem como os desafios restantes, orientando assim o desenvolvimento de políticas e iniciativas futuras para promover ainda mais a inclusão financeira em Moçambique.

Fonte: Mais África

 

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